Casa da Serra (Tapada do Roma) |
segunda-feira, 21 de junho de 2021
DOS PISÕES, DOS MILHÕES E OUTRAS QUINTAS QUE TAIS
quinta-feira, 4 de março de 2021
JAVALIS, CASA DA ÁGUA E A ELETRICIDADE
Num destes dias, calcorreando como habitualmente faço, pela “fresquinha”,
instruí os meus calcantes no sentido da Capa-Rota pelo antigo caminho que vai até
à “casa-da-água”, como antigamente se dizia e era. Com a mudança dos
tempos, fazendo jus à modernidade, virou transformação de eletricidade.
Eletricidade, essa coisa que eu, teimosamente, não consigo ver. O meu saudoso irmão
“não levava à paciência” que eu não visse, não sentisse, não cheirasse e
não adorasse a eletricidade. Javalis (Google-A-Médio Tejo)
Que hei de eu fazer? Bater com a cabeças nas paredes? Autoflagelar-me
com cavalo-marinho de pontas estreladas? Atirar-me das escadas abaixo? Claro
que não! Quero lá saber se isso a que chamam eletricidade, se vê ou não. Eu não
vejo, ponto final parágrafo.
Uns 100 metros após o final da rua Humberto Delgado, para lá
da ponta do Bairro da Arroteia, entrei no tal caminho que me fez recuar mais-ou-
menos, sessenta de tempo contado em anos, por onde algumas vezes acompanhei a
minha Mãe e a burra Carocha, levando trigo ou milho para o Ti Sebastião Moleiro
transformar em farinha na mó gigante que na azenha trucidava tudo o que lhe
aparecesse à frente.
Fiquei impressionado porque os carrascos que ladeiam o
caminho continuam sendo altos. Na verdade, eu, em “puto”, quando
daquelas passagens, os carrascos pareciam-me árvores gigantes, tal era a sua envergadura.
Agora, nestes tempos pandémicos, continuam sendo grandes.
Eram vários os caminhos assim, entre a Abrunheira, Linhó,
Colónia, Ranholas, Casal da Beloura, Capa Rota e Manique de cima ou Casal da
Peça, que se cruzavam e davam a necessária serventia a pessoas e animais, para
se chegar aos vários sítios.
Voltando à questão do ver ou não ver, “eis a questão”;
é verdade que, muitas vezes, vemos aquilo que queremos e o que não queremos,
mas o que conta mais é o nosso querer. Por exemplo, se eu vi uma vara de porcos
domésticos, embora pretos, tranquilamente a pastar no campo à frente da minha
casa, e por uma razão quaisquer, quiser ver uma vara de javalis grandes, gordos
e bem aparelhados de perigosos cornos pontiagudos, vejo! É a minha vontade e
outros que se lixem, ou acreditam na patranha ou “vão dar uma curva ao
bilhar grande” ou pelo menos ao pequeno.
Ou seja, os caçadores que estejam sossegados e não se ponham a
limpar e afinar as espingardas, porque os javalis ainda não chegaram á
Abrunheira.
Levar a nossa vontade avante é muito bonito, agora, em nome
dessa vontade, querer enfiar o gorro aos outros, aí, já é aldrabice e vigarice.
Silvestre Brandão Félix
04 março de 2021
Foto: Google (A. Médio Tejo)
segunda-feira, 1 de março de 2021
DE NOITE TODOS OS GATOS SÃO PARDOS
Quando, dando corda aos calcantes e acompanhando o canídeo pela
área de abrangência de alguns candeeiros públicos das ruas ou ruelas da Abrunheira,
eles, os candeeiros, como se de praga rogada se tratasse, castigo divino ou
destino marcado, apagam-se!
Sempre que me acontecem estes “apagões”, não deixo de me
lembrar daquele monólogo do Vasco Santana no famoso filme, “O Pátio das
Cantigas”. Será que é essa a intenção? Que eu me vergue e chegue ao ponto de
pedir, por favor, aos que lá do alto do seu tamanho que se julgam tão
importantes, me deem um bocadinho da sua luz?
É que, ainda por cima, como se gozassem, à medida que nos
afastamos, os “caga-lume” lá do alto, voltam a botar luz!
Mas então, em que ficamos? A mesma coisa acontece com vários.
Isto é coisa “armada”, será um “prémio” para os do lado de cá da Serra, ou do
lado de lá, também é assim? E se for, é porquê?
Eu, que sou daqueles que sai de casa com um saco para apanhar
o servicinho do cão, fico pulha quando o tipo resolve aliviar-se no exato
momento em que vamos a passar por um daqueles que se apagam. Lá fico mirando,
mirando, — e “de noite todos gatos são pardos” e os cagalhotos também — até
acertar no objetivo.
Será que este fenómeno tem explicação ou sou eu que tenho uma
energia tão, mas tão negativa, que até consigo apagar candeeiros públicos
quando deles me aproximo?
Silvestre Brandão Félix
01 de março de 2021
Video: Youtube
sábado, 13 de junho de 2020
ALCACHOFRAS, CERRADO DA FONTE E O SANTO, O ANTÓNIO
Alcachofras no Cerrado-da-Fonte Abrunheira - 06jun2020 |
Antes disso, havia seara de trigo, cevada ou aveia, ondulada pelo vento que ali batia e bate e, por isso, as ditas alcachofras não sobressaíam porque serpenteavam por entre os caules que engrossavam e já formavam a espiga que, numa quinta-feira da “Ascensão”, se haviam juntado, num raminho, a lindas papoilas vermelhas, malmequeres, outras belezas campestres e um triângulo de pão, para casa levado, ficando a fartura de comer garantida até ao ano seguinte.
quarta-feira, 30 de outubro de 2019
PELA FRESQUINHA, ACORDANDO O SOL...
Genérico da primeira telenovela portuguesa, nos estúdios da Edipim |
Chafariz da Charneca visto por mim . outubro 2019 |
sábado, 27 de julho de 2019
À DISTÂNCIA DE MEIO SÉCULO
A hora da despedida - Ida para a Guerra - Imagem RTP |
Praça Duque da Terceira (Cais do Sodré) - Google |