terça-feira, 7 de abril de 2015
Largo do Chafariz: DESTE LADO DA SERRA
Largo do Chafariz: DESTE LADO DA SERRA: Deste lado da Serra, perdemos quase tudo! Foi o Centro de Saúde, o Centro Social, a ligação direta à Capa Rota, a Junta de Freguesia, o...
DESTE LADO DA SERRA
Foi o Centro
de Saúde, o Centro Social, a ligação direta à Capa Rota, a Junta de Freguesia,
o quartel da GNR, a Escola Secundária, os equipamentos desportivos, como o multiusos,
a piscina e o campo de futebol, etc., etc.
Perdemos
líderes carismáticos e honestos que se “batam” pelos interesses e necessidades
das populações deste lado, onde o SOL toca primeiro. Eu cá, desconfio que, mais
cedo ou mais tarde, tentarão mudá-lo de sítio (ao SOL) para que, primeiro,
apareça do lado de lá…
Há quem já
tenha dito e escrito, que até perdemos o direito a “presidências abertas”
[abertas]. Parece que são mais p’ró “fechadas”. Eles, não sabem, nem “sonham”,
como ir “por esses caminhos acima”. Pudera, se soubessem, não tinham deixado
que os perdêssemos. Já era (ou foi), a ligação a Ranholas pela Rua da
Abrunheira que, por aí acima, a Ti Augusta me levava pela mão até ao mercado
ou, muitas outras vezes, até ao miolo da Serra, à Casa da Tapada que também era
e ainda é, “Do Roma”, juntinho ao Palácio dos Milhões que a minha Mãe nunca se
esquecia, da “estória” me contar; o caminho, por aí a cima, aos “Celões” até ao
Linhó com pedras mil vezes pisadas pelos cascos da Marcina, da Bonita, da
Estrela e da burra (salvo-seja) Carocha, ainda antes, desapareceu engolido pelo
condomínio que, do Casal da Beloura com caminho também feito e serventia para os
rebanhos do Ti Zé da Beloura, só o nome ficou.
É só a
perder…
Até o Rio
das Sesmarias foi despromovido para “ribeira” e, ainda-por-cima, de Colaride.
Na mesma onda perdedora, lá foram “à vida” as cigarras e os grilos e com eles
levaram as suas cantorias que, por esta altura, começavam a inundar os nossos
campos.
Deste lado
da Serra perdemos quase tudo…
Fica a
dignidade!
Silvestre
Félix
7 de
abril de 2015
quarta-feira, 14 de janeiro de 2015
COMO É QUE SE CHAMA ESTA FRUTA?
A perícia
com que escolhia as cebolas e as dispunha por tamanhos, qual calibrador moderno
e automático; o cuidado a tirar as “cascas”
velhas, cortar “direitinho” os tufos de raízes e folhas inúteis da planta; a arte,
precisa, com que entrançava as folhas secas ao centro, e fazia com que as
cebolas ficassem agarradas, umas, a seguir às outras e, assim, em pouco tempo,
construía a obra perfeita denominada—“réstia”.
Peça única, incluindo a dose certa
de “marketing” acoplado, traduzido na
beleza que irradiava, aos olhos dos potenciais consumidores ou, eventualmente,
compradores – sim, porque, tendo o meu saudoso Pai, partido desta vida, vai
para trinta e nove de tempo contado em anos, quando se dedicava com esmero e
profissionalismo à arte de hortelão e agricultor, não carecia de emitir fatura
eletrónica, para poder trocar o excedente.
Não preciso
de “pretextos” para falar do meu Pai, mas, esta descrição da “construção” de uma réstia
de cebola é,
demonstrativa, de como o “Zé Silvestre”
lidava com a sua arte. Eu, muito miúdo, ficava horas a vê-lo, sentado no chão
em cima duma sarapilheira, numa qualquer tarde de março (marçagão, de manhã inverno e à tarde verão), dando as voltas todas
às cebolas ou alhos, até concluir o produto final que, eu, “puto”, achava do
mais prefeito, e era!
Há uns dias,
numa “catedral” de consumismo aqui
perto, onde eu também vou, perguntava um miúdo para a mãe que, com o desespero
da falta de tempo e cuidado, ao escolher umas cebolas numa “piscina” delas, a granel, deixou cair
duas pelo chão que, rebolando, pareciam ganhar velocidade em excesso, correndo,
até, o risco de serem multadas por algum “polícia” escondido atrás dos outros
caixotes que, por ali, estão estacionados.
— Oh mãe,
como é que se chama esta “fruta”?
— Chama-se
cebola, filho!
A mãe, com
vinte e poucos anos de idade, respondeu duma maneira muito crente. Não hesitou,
e achou que falou certo. O filho não tinha mais do que cinco anos e, como é
normal, voltou à “carga”.
— Oh mãe,
como é que se chama a árvore que dá a cebola?
Mais uma
vez, a mãe, “certíssima” do que
estava a dizer, respondeu:
— Nunca vi
nenhuma, mas acho que é “Ceboleira”!
Já não se
fazem réstias de cebolas…
E o meu Pai
preparava o canteiro, muito direitinho, bem estrumado e deitava-lhe a semente.
Alguns dias, e os pontinhos verdes do “cebolo”
começavam a despontar e, rapidamente subiam até um palmo. Por essa altura, começava
a arrancar as pequenas plantas e separava-as em “centos” (cem unidades),
atados com umas folhas muito compridas duma planta do nosso Rio das Sesmarias. As primeiras, quase
sempre, eram as que ele precisava para plantar e, mais tarde, colher cebolas.
Os restantes “cebolinhos” distribuía
por algumas pessoas e, se ainda sobrassem, o próximo mercado de São Pedro
tratava de os absorver.
Já não se
fazem réstias de cebolas… e muitas outras coisas.
Mudam tudo. “Pelo andar da carruagem”,
as tardes soalheiras serão transformadas em permanente “lusco-fusco” de modo a que, nem de uma réstia de sol, a “gente” possa beneficiar.
Silvestre
Félix
14 de
janeiro de 2015
(Foto: Google)
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
IGREJA DE SANTO ANTÓNIO DA ABRUNHEIRA
Muitas
pessoas assistiram à inauguração da Capela polivalente e Capela da
Ressurreição, correspondendo à primeira fase de construção da Igreja de Santo
António da Abrunheira, neste domingo, dia 7 de dezembro.
Num maravilhoso
dia de sol, os convidados e a população em geral, assistiram ao descerramento
da placa que deixa registado o momento, na parede do edifício, para a
posterioridade.
Presentes
nesta cerimónia: Senhor Bispo Dom Joaquim Mendes; Presidente da Assembleia
Municipal de Sintra e, também, em representação do Presidente da Câmara
Municipal, Dr. Domingos Quintas; Eduardo Casinhas, Presidente da União das
Freguesias de Sintra e a Vogal Paula Bento Santos; Fernando Pereira, Presidente
da Assembleia de Freguesia da União das Freguesias de Sintra e, muita gente,
que encheu completamente o espaço das duas Capelas, mais as que não conseguiram
entrar, para assistir à Eucaristia presidida pelo Senhor Bispo.
Para
finalizar o dia de festa, esteve à disposição de todos, um delicioso lanche
composto por tudo o que a população anónima e alguns comerciantes ofereceram.
Paralelamente foram rececionados outros donativos no âmbito da angariação de
fundos, que tem vindo a ser promovida.
A Abrunheira
fica, assim, mais rica. Não só pela vertente religiosa, com a realização de
missa semanal e local para desenvolver todas as atividades inerentes ao serviço
de paróquia mas, também, por toda a população passar a dispor dum local para
velar os seus mortos, independentemente da sua religiosidade, em vez de o ter
de fazer longe das suas moradas.
No final, já
escuro e muito frio, era bem visível a satisfação nos rostos de todos os
membros da “Comissão Pró-Construção da Igreja da Abrunheira” e, principalmente
do Pároco Padre Armindo que, em conjunto com a “Comissão” e com o Vigário Padre
Jorge, foi decisivo para o arranque, andamento e conclusão desta (1ª fase)
obra.
Silvestre
Félix
8 de
dezembro de 2014
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