“Entre as brumas da
memória”;

Mesmo agora, neste ano dezoito, cem depois do armistício da
primeira, alguns dos campos sobrantes à roda da Terra onde o Coutinho que
era Bernardino, levava os dias entre
a Judite e a pedreira, seu laboratório
exclusivo, onde desenvolvia as investigações, a coberto do único tratado alguma
vez elaborado e compilado para a “Ciência
da Pedra”, mesmo agora… dizia, ou melhor, escrevia; deparamos com ondas de lindo
lilás que brota das dezenas ou centenas de alcachofras em flor.
Se a flor da alcachofra, qual fénix reflorida, depois de
queimada na fogueira do Santo devoto, o amor era verdadeiro com certeza.
Costumes que a memória guarda, com todas as incertezas do
mundo.
Certo! Certo! Só outra coisa: O Bernardino que não era Coutinho
era Cabouqueiro e tinha a “Ciência da Pedra”.
O resto, são palavras e
leva-as o vento que, por cá, até sopra com fartura!
Silvestre Brandão Félix
24 de junho de 2018 (Dia de São João do lado de cá, da Serra)
Foto: Google