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segunda-feira, 16 de agosto de 2021

A AMBIÇÃO, A ÉTICA E AS LEMBRANÇAS DAQUELE JANEIRO

 

ambição e ética 

Quando a 20 de janeiro escrevi e publiquei “LEMBRANÇAS DE JANEIRO E A ESPERANÇA” que terminava com;

« “As Lembranças daquele janeiro”, são tónico para acreditar no futuro e afastar, com vigor, as más energias.»

estava longe de imaginar que a partir do final deste mesmo janeiro e em pouco mais de um mês, as coisas iam começar a correr muito mal à minha volta.

Sim, não confundamos. “Aquele” janeiro a que me referia, tinha ficado muitas décadas lá para trás, porque este, do vigésimo primeiro ano do século XXI, foi prelúdio de muito sofrimento pessoal e familiar. 

A vida faz-se, construindo bases, pilares e telhados com beirados mais ou menos graciosos, conforme a arte do construtor.

Ora, quando alguns pilares caem, os telhados tremem e, só por “milagre”, não vão parar ao chão.

Como de “milagres”... já estamos conversados, a alternativa é mesmo aguentar firme. É difícil, mas a força aparece não se sabe de onde, e lá vamos retomando a energia necessária à vida.

Voltemos às “lembranças de janeiro”, não deste, mas daquele que ficou lá para o meio dos anos setenta, que foi transformador e, em tempo, decisivo para muitas mudanças acontecidas na Abrunheira.

Esse janeiro, deve ter tido, em vez dos normais trinta e um dias, pelo menos uns sessenta. Fizeram-se muitas coisas para toda a população usufruir e para os rapazes e raparigas crescerem ao lado dos outros mais velhos, na luta por melhores condições de vida dos abrunheirenses.

Vem esta conversa a propósito das eleições autárquicas que se aproximam, e das promessas que por aí começam a aparecer. A questão é sempre a mesma; a grande distância entre a promessa e a concretização. A tentação da promessa, mesmo sem haver certeza da sua exequibilidade, acontece com todas as candidaturas.

Vá lá, moderem nas promessas eleitoralistas, resumam-nas a bons projetos, mesmo que “não encham tanto o olho”, mas que, se tiverem condições depois de 26 de setembro, as possam executar.

Entretanto também era bom que nas ações de campanha, seja no porta-a-porta, nas redes sociais ou noutros meios de comunicação, deixem de criticar os outros, muitas vezes até à ofensa (os eleitores não gostam) e falem e convençam a população da vossa verdade e do mérito das vossas propostas.

A nossa democracia, tem defeitos. Claro que tem, mas no nosso mundo ocidental é o melhor sistema político, por isso, poupem-na, tratem-na bem e, acima de tudo, estejam vigilantes. Como nos vamos apercebendo, os seus inimigos (da democracia, da liberdade) espreitam e não olham a meios.

Apesar das “pauladas” que levei nos primeiros meses deste ano e da descrença que me rodeou, vou conseguindo desviar as nuvens negras e o futuro é já amanhã. As lembranças daquele janeiro antigo”, ajudam-me a acreditar que as coisas boas virão e que, mercê das virtudes da democracia, em 26 de setembro o povo escolherá os melhores. 

Silvestre Brandão Félix

16 de agosto de 2021

Foto: Google