Vila - Palácio - Dezembro 2019 |
A nossa Vila que nunca quis ser cidade, quando caminhando
pelos ditos cantos que nunca mais havia visto, mostra-me outra época romântica
de verdade. Por lá, passeei sozinho, em grupo ou namorando, de dia ou até para
lá do sol posto e em noites de ralis que eram mais que muitos, por essa Serra
acima e abaixo. Algumas réplicas por aí vão aparecendo, com “Camélias” e tudo.
Vila - Palácio - Dezembro 2019 |
Nos bancos de pedra me sentei e nos troncos lembranças
escrevi. Era verde a juventude e negro o futuro. Pela Volta do Duche e na
sombra dos castanheiros, muito lamento barafustado porque mancebo me tornei e com
a guerra no horizonte próximo. Era o destino traçado.
Muito subi, muito desci… pelas “Murtas” fui, pelas “Escadinhas”
desci… mesmo com chuva, Sintra nunca me desencanta. Bem cedo, antes dos outros
caminhantes de muitos cantos do mundo, gosto de a respirar e, andando, lá vou…
subindo… descendo…
Silvestre Brandão Félix
16 dezembro de 2019
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