segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

MUITO SUBI... MUITO DESCI... PELA NOSSA VILA


Vila - Palácio - Dezembro 2019
Muito subi, muito desci… pelas “Murtas” fui, pelas “Escadinhas” desci…  todos os cantos eu agora volto a ver. Alguns me parecem mais pequenos, mas é mesmo assim, o tamanho é inversamente proporcional à quantidade de tempo que contamos em anos e, nos forma a idade… bonita ou não, conforme o modo e a disposição com que a encaramos.

A nossa Vila que nunca quis ser cidade, quando caminhando pelos ditos cantos que nunca mais havia visto, mostra-me outra época romântica de verdade. Por lá, passeei sozinho, em grupo ou namorando, de dia ou até para lá do sol posto e em noites de ralis que eram mais que muitos, por essa Serra acima e abaixo. Algumas réplicas por aí vão aparecendo, com “Camélias” e tudo.

Vila - Palácio - Dezembro 2019
Por cantos que eu agora volto a visitar, caminhando, passarinhando e atravessando novos domínios do “Pai Natal”, transporto-me lá, aos verdes anos, ainda antes de abril.
Nos bancos de pedra me sentei e nos troncos lembranças escrevi. Era verde a juventude e negro o futuro. Pela Volta do Duche e na sombra dos castanheiros, muito lamento barafustado porque mancebo me tornei e com a guerra no horizonte próximo. Era o destino traçado.

Muito subi, muito desci… pelas “Murtas” fui, pelas “Escadinhas” desci… mesmo com chuva, Sintra nunca me desencanta. Bem cedo, antes dos outros caminhantes de muitos cantos do mundo, gosto de a respirar e, andando, lá vou… subindo… descendo…

Silvestre Brandão Félix
16 dezembro de 2019
Fotos minhas


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